sábado, 2 de julho de 2011

Solteirar, namorar ou casar?

Acho difícil encontrar alguém que gostou mais do que eu da fase solteira. Para aqueles que sempre namoraram ou vivem correndo atrás de um par, falar que ama estar sozinha não passa de hipocrisia. As pessoas acham que quando uma garota fala que não quer namorar, é porque ela não foi capaz de achar um namorado ainda e não quer sair por baixo.  Grande mentira, gente!
Por que estou namorando? Vamos por parte. Até então, tinha tido apenas um namorico, que acabou há 10 anos. Desde então, vivi uma década solteira e sem a preocupação de achar alguém que me fizesse trocar tudo em nome do amor.
Por estar sozinha, aproveitei a melhor fase até então, que foi a universitária. Livre para conhecer gente nova, sair de quinta-feira a domingo (melhor ainda se tivesse um feriado no meio da semana), viajar com as amigas, frequentar assiduamente a Oktoberfest todos os anos, ter carnavais inesquecíveis em diferentes lugares, jogar sinuca no bar com os amigos, enfim, fazer o que quiser sem dar satisfação a ninguém. Não que os namorados e namoradas não se divirtam, mas há uma época na vida que não há nada como estar solteiro, concordam?
Nessa fase pra lá de boa, eu vivia dizendo que não queria que ela acabasse nunca. Talvez por ver tantos namoros por fachada, gente aturando barbáries por medo de ficar sozinho; ou porque as amigas já estavam casando e ela teria que fazer o mesmo; namorado aprontando todas, mas sem deixar a namorada porque ela não é boa de cama, mas é pra casar, menina de família. Absurdo!
O que é mais revoltante do que encontrar namorado da amiga aprontando na balada e o dito cujo vir pedir pra você não contar nada? Resposta: você não dar a mínima pro cara e contar pra amiga sim, mas ela se fazer de louca ou acreditar nele, quando diz que estava em casa dormindo, e aí você sai por ruim da história!
Por essas e outras eu dizia que não queria namorar e muito menos casar! Sempre achei mais excitante a paixão do que o amor. A minha visão de casamento sempre foi: o que era bom ( enquanto ficavam ou até namoravam), acabava após as alianças. Não sei contabilizar quantas discussões já tive sobre o assunto, principalmente quanto as afirmações tudo melhora depois do casamento. Bastava olhar para a cara dos casais em locais públicos. Todo mundo cara amarrada, sem carinhos, tudo muito estranho. E beijo? Nunca vejo casais beijarem em público, mesmo na balada! E eu, uma fã nata de beijo! Eu sei que estou generalizando e sendo radical, mas só estou contando o que era o meu pensamento até algum tempo atrás, não quero 'rediscutir' o que já discuti por anos.
Em seis meses a minha vida deu uma guinada. A solteirona aqui, começou oficialmente a namorar e levar vida de casada, morando junto com namorado e tal, para a alegria daqueles bons amigos que torciam para que isso acontecesse para poderem jogar na minha cara as coisas que eu dizia. Não aconteceu de um dia pro outro, tipo fica, janta junto na semana seguinte, e começa a namorar no próximo sábado.
O início da história já aconteceu bem a minha cara. Conheci o sortudo (imagino já a cara dele pensando: você que é a sortuda) na Oktoberfest. E não pense que eu estava piriguetando e beijei ele entre mais 20. Não! Apesar de muita experiência de solteira, nunca fui assim. O conheci porque estávamos na mesma pousada e foi praticamente amor a primeira vista, por parte dele (hahaha imagino a cara dele de novo... essa é a parte boa de ter um blog e escrever as coisas sem ninguém te interrompendo). Sequer ficamos, mas trocamos contato e desde então ficamos superamigos. Conversas diárias por MSN e, dois anos depois, um convite para me visitar enquanto estava no Brasil (para quem não sabe ele mora nos USA). Eu sei que ninguém acredita, e nem ele, mas honestamente foi um convite de amiga, sem nenhum interesse maior (podem rir!). Claro, a amiga aqui sou eu, ele veio cheio de interesses e, sim, acabamos ficando. Mas, enfim, sem muitos detalhes que o texto já está grande... mais um ano e meio de enrolação até a coisa ficar séria, do tipo: tudo ou nada. Para quem namora a distância sabe bem como é difícil, ainda mais que não é apenas outro estado, mas outro país.
Talvez, por depois de tantas baladas da vida, eu estar numa fase mais tranquila, mais exigente e com outras prioridades, abriu-se espaço para o amor (lindo neh?). E chegou a hora de jogar tudo pro alto, deixar as pessoas de boca aberta e partir, rumo ao meu: namorado!
Claro que não foi fácil dar esse 360º, mudou tudo. Língua, rotina, família, amigos e, o mais importante: o tal namorado, praticamente um marido, já que moramos juntos. Sim, é difícil de uma hora para outra conviver com outra pessoa que não seja irmãos e pais. São outros pensamentos e estilo de vida. Mas confesso que iniciou outra fase maravilhosa. No lugar das amigas de guerra, ganhei um parceiro para as baladas. Um psicólogo pra preencher um pouco o lugar das amigas escuta-desabafos. Um senhor Paciência para aturar minhas crises de choro (pois o que não chorei em dez anos, chorei em seis meses). Enfim, ganhei alguém pra me dar o amor e carinho que muitas pessoas estão atrás e não conseguem acreditar como outras gostam de ser solteiras.
Continuo ouvindo: logo tu, que falava que nunca ia namorar/casar! Mas não ligo nem um pouco, talvez por ter vivido com intensidade a fase solteira e estar pronta pra viver intensamente essa nova fase. Hoje, consigo entender todo mundo: solteirões, namorados, casados, divorciados... o importante é estar feliz. Ponto.


PS: Post dedicado a meu namorido, que esteve de niver essa semana e que deve estar indignado ainda por eu dizer que foi amor a primeira vista apenas pelo lado dele... coisa de homem! hahaha te amo, amor!

Um comentário:

  1. Ai amiga, quase chorei lendo o texto. Isso me fez lembrar tantas coisas. Minha vida e a sua sempre foram maravilhosas, com certeza. E bem na fase zennnn, entra alguém maravilhoso em nossas vidas, e estamos ai, quase casadinhas. Eu noiva, você de namorido. Quanta coisa boa nessa vida. Adoro-te muito amiga. E que sejas feliz sempre. Beijos. Alice Stang

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